Reserva de Emergência: Como criar e quando usar!
- raphaelmendoncacos
- 10 de mar.
- 3 min de leitura
Conforme vimos, a reserva de emergência é uma reserva financeira destinada a cobrir os teus gastos mensais durante determinado período de tempo, para os casos imprevistos de aumento de custos e/ou queda repentina dos rendimentos, seja por desemprego ou dificuldades em seu negócio.
Agora veremos como criar e administrar a sua reserva de emergência.
Como criar uma reserva de emergência?
É muito difícil conseguir acumular uma reserva de emergência sem antes avaliar a própria vida financeira. Revisar todos os seus gastos – dos essenciais aos supérfluos – e fontes de renda é a melhor maneira de começar esse trabalho.
Organize seu orçamento identificando gargalos financeiros e excessos, liberando espaço para realmente começar a poupar. Estabeleça um valor mensal para guardar e destine-o à reserva de emergência o mais cedo que conseguir – não espere “sobrar dinheiro” para poupar e investir, sob o risco de nunca sobrar nada para isso.
Se possível, automatize essas economias, estabelecendo transferências agendadas mensalmente. Isso vai ajudá-lo a não contar com esses valores para bancar as despesas cotidianas da casa ou da família.
Ainda mais importante do que o valor poupado é a consistência dessa economia, que é um ponto a favor dos mais organizados. Nesse sentido, é importante não parar de guardar dinheiro para a reserva de emergência até que ela tenha atingido o valor que você estabeleceu como sendo o ideal.

Onde investir a reserva de emergência?
Como vimos inicialmente, a reserva de emergência deve estar em um tipo de aplicação de liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade. Dessa forma, será possível contar com o dinheiro a qualquer momento, sem risco de prejuízos pelo saque antecipado.
Uma boa opção é fazer aplicações no Tesouro Selic, que possui todas as características mencionadas.
É claro que a alta liquidez e o baixo risco têm um preço – e ele é cobrado na rentabilidade, que costuma ser menor do que a de produtos mais sofisticados. Por isso, o ideal é encontrar alternativas que ofereçam um retorno suficiente para, pelo menos, repor a inflação.
Entram também na lista de investimentos recomendados para a reserva de emergência os CDBs (certificados de depósito bancário) de grandes bancos – que paguem a taxa do CDI –, além dos conhecidos fundos DI.
A escolha entre as opções mais indicadas precisa considerar as características de cada produto específico, com destaque para os custos. Como são alternativas de baixo risco e rentabilidade relativamente menor, custos operacionais elevados são um problema, já que podem abocanhar uma parcela considerável do retorno.
Para investir nos títulos Tesouro Selic, por exemplo, vale a pena buscar corretoras que não cobrem taxa de administração para intermediar os negócios. O mesmo vale para os fundos DI: ainda podemos encontrar opções com taxa de administração desproporcionalmente elevada em relação à rentabilidade que oferecem. É necessário evitá-los.
No caso dos CDBs de baixo risco, a remuneração normalmente é expressa como um percentual do CDI – como 100% ou 120% do CDI, por exemplo. É importante buscar taxas elevadas, mas atentar para o risco e a liquidez. Em geral, as remunerações mais generosas são oferecidas por instituições com maior risco de crédito ou em papéis que precisam ser mantidos por um prazo maior pelo investidor, não podendo ser resgatados a qualquer momento.
Quando usar a reserva de emergência?
O nome já diz, mas não custa lembrar: a reserva de emergência só deve ser usada em urgências e situações inesperadas. Vale a pena pensar nela como uma espécie de seguro, em que o principal objetivo é ter, mas não precisar acionar.
Faz sentido recorrer a ela nos momentos em que há um aumento repentino das despesas – com saúde, educação ou dívidas imprevistas, por exemplo – ou uma redução brusca das receitas, causada por situações como o desemprego. Ela não serve para bancar gastos não essenciais, como o pagamento do cartão de crédito usado para consumo supérfluo ou férias e viagens.
Para quem precisou usar a reserva de emergência e tem investimentos de longo prazo, o ideal é remanejar parte desses valores para recompor a liquidez do curto prazo. O importante é poder contar rapidamente com recursos quando necessário, e tornar o investimento nessa reversa um hábito – que nunca deve ser esquecido ou abandonado.




Comentários